quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Dia 24...

Hoje é dia 24 de setembro. De hoje a um mês farei 30 anos... 30! :)
Não tenho complexos com a idade, chegarei aos 30 com todo o orgulho. Aos 40 com uma enorme felicidade, e abraçarei os 50, 60 e 70 de igual forma.
Envelhecer é sinal que não estamos parados, que vivemos! Só não envelhece quem morre jovem.

Hoje, precisamente hoje, faz anos que a R. partiu. Não conto os anos, apenas sei que partiu cedo de mais.
Eu terminei a faculdade, arranjei um estágio num canal de televisão nacional, fiquei sem trabalho, trabalhei, namorei, saí de casa... fiquei sem trabalho, fiquei farta de estar em casa, arranjei trabalho, comprei um carro, terminei namoro, recomecei uma nova vida...
Namorei, comprei casa, casei...
Perdi pessoas querias, chorei, ri... vivi...
Ganhei uma ou outra ruga. Engordei... Cabelos brancos? Nem vê-los por enquanto.

A R.? Apenas partiu cedo de mais... Ficou lá atrás, nos anos da faculdade. Nunca comprou casa. Não casou...
Sempre que passo por algo na vida, de bom ou mau, lembro-me da R... Estou a viver, diariamente... Não me digam que não gostam de fazer anos, que não gostam de envelhecer... Há quem já não o possa fazer. Há quem já não possa partilhar esses momentos com ninguém.

Se a R. aproveitou bem a vida? Aproveitou certamente. Se muito ficou por viver... disso tenho toda a certeza!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

E chove....


Sim, sei que quem me lê tem janelas, e sai de casa, e por isso sabe as condições atmosféricas... Mas para os que não sabem, ou ainda não se aperceberam... Está chovendoooo!

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

GPS avariado?

Esta semana o GPS interno do P. avariou-se. E a minha questão é... Terá arranjo?
E se tem, para onde devo enviar o homem?
 
Por duas vezes, em locais distintos, seguíamos estrada fora, e deparando-me com uma bifurcação pergunto "Esquerda? Direita? Rápido..rápido? Para onde viro?".

O P. responde, e eu sigo o caminho escolhido.... 2 segundos depois o P. "Hum... acho que era pelo outro lado".....

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i wish i was like you easily amused


Nirvana - All Apologies
 
 


 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

Escócia?

Depois de ter estado em Londres e Edimburgo, eis que na questão do referendo o meu coração se divide. Não percebendo um cu de política (e mesmo que percebesse, a minha opinião seria a mesma).
 
Ir às duas capitais (Londres e Edimburgo), é suficiente para ver as diferenças entre estas duas cidades e a gestão das mesmas. Londres é uma cidade turistica, extremamente limpa, apresentável, acolhedora, com mil e uma opções para passear,
 visitar, conviver.
Em Londres vi apenas um mendigo. Muito raramente vi lixo no chão.
Em Edimburgo cada esquina tem um mendigo. Há lixo no chão, como há em Lisboa, no Porto e afins. O turismo está presente, mas de forma mais subtil... Pude reparar que maioritariamente os turistas em Edimburgo são outros ingleses, chineses ou de países como Finlândia e Alemanha (assim que parecia pelos sotaques ouvidos).
 
Embora culturalmente interessante, Edimburgo podia ter mais. Podia ter mais informação a dar àqueles que chegam para visitá-la.
De resto, qual das duas cidades mais gostei, é uma questão complexa. O que uma me oferece, a outra compensa com outra coisa qualquer.
Se em Londres o tempo não pára, e a agitação nas ruas é uma constante, em Edimburgo temos mais tempo para observar as ruelas da cidade. Um local mais introspectivo e com um "quê" de melancólico.
 
Na dúvida, visitem as duas! Mas façam-no no Verão...

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Um sábado qualquer

Sexta-feira, chegámos a casa depois de duas semanas de férias. O carro veio cheio, se fosse um camião, viria igualmente cheio. O P. teima que vai subir e descer 4 andares para trazer tudo para casa. E lá vai ele, uma, duas, três vezes... Sinceramente perdi a conta das vezes que o desgraçado subiu e desceu as escadas, como perdi a conta da quantidade de sacos que conseguimos enfiar dentro do carro.
 
Na última descida do P., pedi-lhe para estacionar o carro, pois este estava estrategicamente posto à porta do prédio.
E assim foi, mas o P. nunca mais vinha, e na minha cabeça ocorreu o pensamento mais negativo de todos "será que bateu com o carro?".
Vejam... Estacionar o carro implicaria apenas andar 3 ou 4 metros, numa estrada pouco movimentada. Mas, como o P. tem carta à pouco tempo, era possível que algo corresse mal? Na minha cabeça sim!
E é então que vou pé ante pé à janela, cuscar a situação. Carro já estacionado e P. a olhar de esguelha para a esquina do carro... "humm... será que raspou em algum lado?".
Do alto do meu 4º andar, e com a noite já posta não via grande moça, por isso não devia ser nada de grave.
 
Fui receber o P. à porta, e rapidamente o bombardeiei "Porque demoraste? Estacionaste bem o carro? Porque estavas a olhar tanto para ele?". A resposta foi simples... Ora o carro foi estacionado sem problemas e à primeira! O olhar de esguelha do P. foi apenas porque o reflexo do poste da luz incidia sobre uma esquina do carro, deu-lhe a impressão de ter uma moça qualquer, quando não tinha...
 
...
 
Sábado, dia seguinte, por volta das 10 da manhã, alguém me toca à porta e o P. atende "É só para avisar que acabaram de bater no seu carro".
 
E tinham de facto... =|

terça-feira, 9 de setembro de 2014

Leituras de Verão?

Quando ainda passava férias com a família, era o meu escape de eleição. Não sou muito de ir à praia e muito menos ler na praia. O sol intenso cansa-me demasiado os olhos para que eu os possa ocupar nas minhas leituras.
 
Dos meus 12 aos 16/17 anos lembro-me que lia muito. Uma média de 1 a 2 livros por semana no verão. Lembro-me que livros mais pequenos conseguia-os ler de ponta a ponta numa tarde. Assim que fechava um livro, abria um novo... Uma Aventura, Arrepios e outros tantos livros passaram nas minhas mãos. Com o passar da idade deixei os livros de aventura de lado, passei a livros mais complexos, mais verídicos. Adorava livros baseados em histórias reais e tinha um fascíneo mórbido por todas as histórias que incluíssem vicíados em droga...
Tempos de rebeldia!
 
De todos os livros, lembro de um que a V. me ofereceu, por alturas do secundário. Chamava-se "A Noite das nossas consciências", um compêndio de histórias reais. Pedofilia, violência doméstica, crimes... Histórias que me prendiam, me fizeram ver que o mundo não é nada cor-de-rosa. Nunca mais esqueci o livro.
Também não esqueci o que um professor nosso disse "Quem oferece um livro é porque conhece muito bem a pessoa a quem o vai oferecer". Verdade ou não, não sei. Sei que ela acertou na muche quando escolheu aquele para mim.